Novela das Oito

O nome é só pela audiência... SHOW ME THE MONEY!!!

domingo, outubro 29, 2006

Os EUA contra John Lennon




EUA, 2006, David Leaf, John Scheinfeld.

"Give peace a chance."

John e Yoko, ícones de uma geração. Todos os ícones acabam em problema, veja Marilyn Monroe, James Dean, Sid Vicious, Janis Joplin. Com certeza cada um deles, e muitos outros, merecem um filme tão bem feito quanto "Os EUA contra John Lennon".
Aliás, o filme vem em boa hora já que Bush é o novo Nixon, empreendedor de guerra, e parece não existir movimentos juvenis como os da época de Lennon. Falta um artista como ele agora. Pessoalmente, nunca fui fã de Lennon, nunca significou muito para mim, musicalmente falando, mas os EUA precisam de uma voz como a dele e a de Yoko dizendo as coisas que eles diziam.
Mas sabe como é, agora grande parte do exército americano no Iraque é composto por americanos pobres e filhos de imigrantes "chicanos" agora com cidadania para combater pela democracia, pela liberdade.


C.R.A.Z.Y.




Canadá, 2005, de Jean-Marc Vallée

É, não é fácil ser você mesmo num mundo onde todos são iguais. Não é fácil ser você mesmo numa sociedade religiosa com padrões morais de merda. Mas família é tudo!
Cinco irmãos diferentes, os segundo mais velho é barra pesada, o segundo mais novo abre mão daquilo que realmente quer pela família, pelo irmão da pesada, pela mãe que tenta manter todos unidos. "Rocco e seus irmãos", certo? Não, Zac e seus irmãos.
Trocando Roma por Québec. Não é só porque o caso dos irmãos é parecido com o filme de Visconti que o filme de Vallée perde seu charme, aliás, esse é só mais um entre muitos, como trilha sonora, desde o movimento Flower Power até o punk, passando,é claro, pelos 70 do progressivo.
A sexualidade é difícil de descobrir, de aceitar e de assumir. O filme mostra como um garoto lida com seu homossexualismo, sua batalha diária contra aqueles que o amam. Sem perder o bom humor Vallée fala com profundidade do sofrimento do diferente entre iguais que não se aceitam.
Um dos poucos filmes que vi que obteve sucesso ao tratar do tema, sem cair em dogmatismos, esteriótipos ou preconceitos, seja com o heterossexualismo, seja com o homo.
E mais uma vez fica a pergunta: por que tanta dificuldade em aceitar um filho gay, uma irmã gay, um amigo? Qual o problema da sociedade?
Filmes afins:
- Party Monster, 2003, EUA/ Holanda, de Fenton Bailey e Randy Barbato

domingo, outubro 22, 2006

Noites

Noite de domingo (mas acontece em qulaquer dia), rua vazia, relativo silêncio (só o barulho dos carros)... solidão... medo, angústia, desespero... sinto uma enorme vontade de chorar.
A pior solidão é a de quando temos pessoas ao redor, mas é como se estivéssemos sozinhos. Fica um vazio, um desespero, não consigo explicar a sensação. Pensamentos não fluem naturalmente, idéias absurdas passam pela mente, até o corpo parece ter algo estranho, com uma sensação de que há um peso sobre ele.
Sem ninguém para abraçar, para beijar, para conversar... sinto sua falta. Mas não é só por causa de dias como esse; sinto sua falta o tempo todo, chega a machucar. Penso em você a quase todos os instantes. Procuro me ocupar para tentar esquecer, mas é em vão, e, quando parece eficiente, nada mais é do que um puro sedativo. Seu rosto, seu sorriso, sua voz, suas curvas e tudo mais vêm à minha mente avassaladoramente aumentando meu desespero.
Como disse, tenho dificuldades em escrever, não sou um grande escritor, por isso vou direto ao ponto: Eu te amo e te quero!

sexta-feira, outubro 13, 2006

O sonho não acabou ! (?)


"Ser comunista até os 30 anos é ter coração. Ser comunista depois dos 30 é burrice" Edukators
Como fazer uma revolução hoje? Você faria um revolução pelo quê? O que a(o) motivaria a levantar do sofá, desligar a televisão e ir para as ruas? Então, por que ainda está aí sentado lendo isso aqui?
Afinal, por que tanta apatia? Por que não olhamos para os moradores de ruas, para as crianças que pedem nos semáforos? Porque sabemos que não podemos fazer nada? Não podemos ou não queremos?
Se todos fracassaram antes de nós, por que obteríamos sucesso? Nossos pais eram hippies, contra a ditadura, usavam chinelões e "caminhando e cantando e seguindo a canção" e o que são hoje? Empresários de multinacionais, advogados de criminosos do colarinho branco, chegam em casa e assistem ao Jornal Nacional, na Globo, vão a shopping centers (centros de compras) e suas praças de alimentação, de sexta assistem ao interessante Globo Repórter, aos sábados à Zorra Total e aos domingos Faustão e Fantático, onde está a Revolução?
"E quando você menos espera seu voto é conservador", tal trecho de Edukators, filme alemão de Hans Weingartner de 2004, encerra a narrativa de como também os revolucionários são comprados. SIM, todo seu ódio transformador e revolucionário sera comprado! Por um carro melhor do que um Gurgel, por um par (ou 2) de vidros automáticos e ar-condicionado, por um apartamento maior, por um vinho melhor, por um hospital melhor, o que, para o Sistema, é considerado MELHOR.
O Sistema. Mas quem? Como? Onde? O que? O capitalismo é bom, para quem tem dinheiro. Quando o dinheiro compra tudo, viver torna-se perigoso.
"O que era revolucionário hoje é vendido nas lojas. Camisetas do Che Guevara e adesivos de anarquia" Edukators
"- Vamos mudar o mundo?
- Vamos!
- Ah, não vão não. O mundo está bom do jeito que é. Se você quiser mudar, você é: comunista." Trecho da peça Memória das Coisas

quarta-feira, outubro 04, 2006

Escuto um jazz melancólico... flertando com o blues... é... faz muito bem...
Aproveito esse momento de tranquilidade (tranquilidade que há muito não sentia, e que me faz sentir tão bem, como se tivesse usado uma substância química "pesada") para pensar nos sonhos.
Sonhos... quem não tem sonhos não vive, afinal, é uma espécie de combustível da vida. Vida semi-vegetativa, seria a definição para a ausência de sonhos. Antes que me esqueça, falo de sonhos no sentido de desejo, não o que temos enquanto dormimos, mas façamos este delicioso tipo de ação mental que aparece em quanto tranquilamente dormimos, parte dos nossos desejos.
Lutar por um sonho é um estilo de vida? Talvez. Utopia? Talvez. Superar tudo e a todos durante anos e anos. Aguentar de tudo e, finalmente, alcançar nosso objetivo. "Você conseguiu!"... mal escutamos.
Mas o sonho não era como imaginamos. Era uma farsa! Você está enganado! Daí a desilusão, o ódio, o medo, a angústia. Devemos desistir, partir para outro ou "aprendemos a gostar"? "Você gosta, só é um momento difícil, mas vai passar".
Ah! Como gostaria de descobrir brevemente se isso é verdade!
Estou farto de sonhar e ter meu sonho despedaçado ao ser alcançado! Tempo jogado fora! Merda!
Como odeio se tornar adulto e descobrir a verdade!

Só sei que a verdade está lá fora...
















Csao você tenha se interessado pela música, eis seu nome: Crossroads, do Cowboy Junkies, presente no álbum "Whites off Earth Now!!".