Confessei
Bem amigos, sei que demorei (e muito) para voltar a escrever, creio que esteja passando por um momento crítico, o qual inclue falta de originalidade. Peço perdão.
Mas hoje me deparei com uma poesia de Florbela Espanca que gostaria de compartilhar com vocês, leitores assíduos:
Aborreço-te muito. Em ti há qualquer cousa
De frio e de gelado, de pérfido e cruel,
Como um orvalho frio no tampo duma lousa,
Como em doirada taça algum amargo fel.
Odeio-te também. O teu olhar ideal
O teu perfil suave, a tua boca linda,
São belas expressões de todo o humano mal
Que inunda o mar e o céu e toda a terra infinda.
Desprezo-te também. Quando te ris e falas,
Eu fico-me a pensar no mal que tu calas
Dizendo que me queres em íntimo fervor!
Odeio-te e desprezo-te. Aqui toda a minh’alma
Confessa-to a rir, muito serena e calma!
………………………………………
Ah, como eu te adoro, como eu te quero, amor!…
Amor passa por céu e inferno, coisas bem diferentes. Mas também se não fosse, qual seria a graça? Por isso mesmo queremos mais!
Se bem que com o mundo materialista no qual vivemos hoje, "amamos" muito mais o dinheiro do que a vida, o próximo ou o amor que sentimos por alguém em especial.
Viver sem amar, não é viver; é ser... é ser... um robô. Conheço pessoas assim, com um vazio profundo e que vivem numa felicidade irritante.
Amar é saudável. Por vezes temos algumas complicações, mas ainda é algo prazeiroso. Para alguns é masoquista, para outros é sádico... fetiches! Dor e prazer! Para mim isso resume (bem resumido mesmo!) uma parte do que é amor. Não posso explicar o que é amor, mas quem pode; afinal, através dos anos quantos não foram os autores que tentaram explicar o seu significado. Você pode explicar?
Agradecimentos especiais nessa edição para o fornecedor dessa poesia.
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